Miguel Afonso Caetano<p>Já me ia esquecendo que aos fins-de-semana o <a href="https://tldr.nettime.org/tags/Metropolitano" class="mention hashtag" rel="nofollow noopener noreferrer" target="_blank">#<span>Metropolitano</span></a> de <a href="https://tldr.nettime.org/tags/Lisboa" class="mention hashtag" rel="nofollow noopener noreferrer" target="_blank">#<span>Lisboa</span></a> só funciona praticamente a meio-gás… Por outras palavras, de um <a href="https://tldr.nettime.org/tags/Metro" class="mention hashtag" rel="nofollow noopener noreferrer" target="_blank">#<span>Metro</span></a> de primeiro mundo, passa-se a um metro de segundo-mundo - sabe-se lá porque carga de àgua.</p><p>Metro de Lisboa aos dias de semana nas horas de ponta: média de dois minutos de intervalo entre transporte. </p><p>Metro de Lisboa aos dias de semana fora das horas de ponta: média de cinco ou mais minutos de intervalo entre transporte. </p><p>Metro de Lisboa aos fins-de-semana: média de oito ou mais minutos de intervalo entre transporte. </p><p>Resumindo: Se uma pessoa quiser ir e vir de Odivelas a Alvalade (uma viagem que demora para aí pouco mais de 15 minutos, se for quase directa), aos fins-de-semana quase que acaba por gastar o mesmo tempo - ou mais! - à espera da treta do <a href="https://tldr.nettime.org/tags/Metro" class="mention hashtag" rel="nofollow noopener noreferrer" target="_blank">#<span>Metro</span></a>: 8 + 8 na ida e 8 + 8 na vinda: 32 minutos. Quase que mais vale ir a pé!! </p><p>Sinceramente, penso que isto é inadmissível e só demonstra o fraco investimento e a baixa valorização nos transportes públicas e na mobilidade urbana dos sucessivos governos e autarquias da Região Metropolitana de Lisboa. </p><p>Realmente, para além de modas burguesas como ciclovias que roubam passeio aos peões para depois ciclistas e trotinetistas andarem nos passeios para peões a alta velocidade, existe uma fraquíssima aposta estruturada e a longo-prazo na melhoria contínua do serviço e da rede de transportes públicos urbanos. </p><p>Sinceramente, enquanto português sinto-me envergonhado por isso e pelo facto de tantos outros portugueses se sentirem obrigados a endividarem-se até ao tutano para comprar automóveis privados quando em pleno ano de 2025 deviam poder usufruir de metro, autocarros, comboios e barcos pontuais, servindo uma rede suficientemente abrangente e sem buracos. </p><p>Ás vezes até parece que os governantes e autarcas nacionais querem que as pessoas fiquem dependentes de carros só para não terem dinheiro para viajar nas férias para cidades onde existem transportes públicos impecáveis.</p>